Como eh de costume, final de ano... rola aquela pausa nas
publicações do blog... mas a escalada continua.
Fizemos algumas escaladas na Arara e algumas investidas em
Alagoas, estivemos na Serra da Camonga em Santana do Ipanema para o encontro de
escalada de 2015 e assistir a palestra do nosso amigo Ary.
Para quem ainda não sabe Santana do Ipanema será o
palco do próximo Encontro de Escaladores do Nordeste 2016. Aproveitei para dar uma passadinha no Serrote do Vento em
Estrela de Alagoas para mostrar ao Ramon alguns projetos inacabados e tentar
convencê-lo de participar. Assim marcamos para retornar no inicio do ano, provavelmente
Janeiro para abrir algumas esportivas e finalizar um projeto de uma via
tradicional.
Então, no final de ano Emerson, Ramon e eu (Odorico), dia 26 de Dezembro,
meio sem planos, pois a pretensão era ir pra Itatim, de última hora as coisas
mudaram e acabamos alterando a trip pra Alagoas.
Chegando ao Serrote começamos os trabalhos em uma parede que
fica de frente para a estrada e possui o acesso mais fácil, face norte (sombra
a tarde), abrimos a primeira via pra ver como ficava, malhamos e deixamos pra
terminar no dia seguinte.
A noite uma bela lua ajudou a embalar o descanso, no dia
seguinte com as baterias renovadas voltamos a parede e finalizamos a primeira
via, batizada de Transamazônica (6o sup - 30m), uma via bem legal de
regletes na saída depois vai ajudando, melhorando até virar agarras boas até o
final, lembra um pouco em inclinação e tamanho de agarras as vias da toca norte em Itatim.
A tarde abrimos mais duas vias ao lado direito da primeira,
sendo a Transnordestina (7a - 30m) no mesmo estilo da primeira porém mais
geniosa e a Transmolezinha (4sup - 28m) essa sim um passeio.
No terceiro dia após finalizarmos as proteções das 3 vias já
não estávamos mais com a mesma energia... e resolvemos descansar para no dia
seguinte olhar o projeto tradicional que havíamos visualizado na trip anterior.
Quarto dia seguimos com o material para a face sudeste onde
chegamos na base da via que fica uns 20 metros a esquerda da Meu primeiro
abandono, Emerson arrumou os equipos e entrou na conquista por uma fenda que
estava cheia de mato. No momento era a única opção, uma arvore aqui, um arbusto ali, uma peça,
outra arvore, perdi ele de vista... assim foi até que parou e gritou,
"pode vir".
Dali mais uma esticada por mais mato até chegar na base
da fenda que havíamos planejado, depois de 45 metros. Emerson montou a parada
em móveis para a seg e entrou na fenda, após uns 10 metros ele gritou "Cheguei na
parada, mas acabou a fenda". Assim nossa empreitada acabou terminando mais
cedo, ninguém estava com disposição para seguir com a conquista em fixo, então
acabou ficando para ser finalizada em uma próxima oportunidade.
Claro que em homenagem a natureza abundante da fenda o nome
da via ainda inacabada ficou "Trepa-mato Tradicional" IIIo - 60 m.
Na saída ao dar a volta pelo morro visualizamos bons blocos
pra boulders e algumas paredes boas pra esportivas na parte sul, mas isso já
será historia pra uma próxima trip... em breve.